Segundo Yonhap, o comentário do chanceler é um novo indício de que o Governo sul-coreano mantém expectativas de abrir conversas com a Coreia do Norte na nova etapa aberta com a morte de Kim Jong-il, no dia 17 de dezembro, e a consolidação de seu filho mais novo, Kim Jong-un, como sucessor e líder absoluto.
"Se Kim Jong-un tem o título pertinente para as conversas com a Coreia do Norte, estas serão realizadas com ele", disse o ministro de Relações Exteriores sul-coreano, interrogado pela imprensa sobre se seu país reconhecerá como interlocutor o jovem líder do país comunista em uma possível cúpula.
No entanto, o chanceler se mostrou cauteloso ao afirmar que "neste momento não está claro se Kim Jong-un está envolvido em outras áreas, com exceção do setor militar". "Portanto, temos que esperar e ver", esclareceu Kim Sung-hwan.
Desde o anúncio no dia 19 de dezembro da morte de Kim Jong-il, seu filho Kim Jong-un foi rapidamente promovido tanto no Partido dos Trabalhadores como no Exército, principal fiador do regime da Coreia do Norte, onde já ostenta a categoria de "comandante supremo".
Antes do pronunciamento do chanceler sul-coreano, o Ministério de Relações Exteriores anunciou no início do dia que este ano orientará seu enfoque diplomático a manter a estabilidade na Península de Coreia perante o processo de transição que a Coreia do Norte experimenta.